Os rodoviários do sistema semiurbano da Grande São Luís entraram no segundo dia de paralisação nesta sexta-feira (26). Nenhum acordo entre a categoria e os empresários foi firmado até o momento.
A paralisação, iniciada nessa quinta (25), é motivada por atraso no salário dos trabalhadores neste mês, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema). Nenhum ônibus semiurbano circula em Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar, afetando cerca de 150 mil usuários do transporte público.
O reflexo desta paralisação é visto no sistema de transporte urbano da São Luís. Os ônibus que estão circulando normalmente dentro da capital acabam ficando superlotados. Além disso a busca por vans, táxi lotação, mototáxi e carros de aplicativo aumentou desde ontem.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET), Paulo Renato Pires, não negou o atraso nos salários, mas não deu previsão para o pagamento.
“Dia 11 foi pago (pela MOB) o subsídio referente a janeiro de 2024. Estamos nesse momento em reunião e a primeira providência é lutar para que a Justiça do Trabalho declare a greve ilegal, pois não obedeceu os prazos obrigatórios. Isso impossibilitou tanto as empresas como a MOB de responder antes de qualquer paralização, pois deveria cumprir 72h. O retorno à operação, pelo menos de 70% dos trabalhadores, é essencial”, declarou.
O SET já entrou com uma ação na Justiça do Trabalho acusando a greve de ilegalidade, por supostas falhas no trâmite legal para declaração de greve, mas até o momento não houve decisão sobre o assunto.
Por meio de nota, a Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) disse que repassou o subsídio às empresas do transporte semiurbano no último dia 11 de abril e que é delas a responsabilidade de efetuar o pagamento dos funcionários. Leia na íntegra:
“A Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) informa que foi realizado o pagamento do subsídio às empresas do transporte semiurbano no último dia 11 de abril, que não é destinado à remuneração de funcionários. O pagamento dos funcionários é de responsabilidade das empresas de transporte público.
A MOB destaca que em casos de grandes dificuldades por parte das empresas, que resultem no comprometimento do serviço prestado, poderá ser feita intervenção ou mesmo substituição para que os usuários não sejam prejudicados.
Destaca ainda que está em processo de análise, buscando a total licitação do sistema de transporte semiurbano no Maranhão”.