O presidente do União Brasil, Luciano Bivar foi afastado do cargo. A decisão por 11 a 5 ocorreu durante reunião tumultuada da sigla no diretório do partido em Brasília nesta quarta-feira (20/3). Na presidência da sigla entra o vice-presidente, Antônio Rueda (PE).

Em entrevista coletiva, o secretário-geral da sigla, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, apontou que a destituição da presidência seria, nesse momento, a medida mais adequada.

“A expulsão, que pode acontecer ou não, seria uma pena mais apropriada depois que o processo ele fosse todo esgotado, com o direito à ampla defesa”, apontou.

Durante a reunião, Bivar teve o microfone cortado após atrapalhar o andamento da votação ao declarar a suspeição da maioria dos integrantes da cúpula.

A senadora Professora Dorinha (TO) apontou que o afastamento de Bivar foi necessário para não causar prejuízo à sigla em meio ao período eleitoral. Segundo ela, o partido “não pode ficar travado”.

“Tem a questão da defesa, do contraditório e o partido tem uma estrutura própria que é o Conselho de Ética que vai analisar o processo. O afastamento é muito mais pela gestão do partido que nós estamos no período de filiação partidária, eleições municipais, o partido não pode ficar travado porque isso implica na condição eleitoral de centenas de prefeitos no país inteiro. Então a opção foi a de afastar da função mas, ao mesmo tempo, não tratar nem a perda de filiação e nem da expulsão para que, no espaço devido, no Conselho de Ética, ele tenha a condição de ampla defesa, de conhecimento de todos os fatos e fazer essa defesa em termos de partido. Foi em respeito ao próprio estatuto”.

“A questão do afastamento é que [a crise] tem causado prejuízo num período muito importante. O partido não é meu, nem é dele. É uma agremiação que tem milhares de filiados no país inteiro”, defendeu.

Contra Bivar há acusações de ameaça ao colega e de envolvimento no incêndio que atingiu duas casas de praia da família do sucessor, no litoral sul de Pernambuco no último dia 10 — o parlamentar nega as acusações. A relatora da representação contra Bivar foi a senadora Professora Dorinha (TO).

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