O governo federal lança, hoje, o aplicativo Celular Seguro, que permitirá o bloqueio do aparelho em caso de roubo ou furto. Um aplicativo será disponibilizado nas plataformas — que ainda não está ativo —, pelo qual o usuário conseguirá fazer com que o telefone fique inutilizado.

“Vamos lançar uma iniciativa que transformará os celulares roubados num pedaço de metal inútil. Com apenas um clique, a vítima enviará um aviso simultaneamente para a Anatel, para os bancos, para as operadoras de telefonia e para os demais aplicativos”, publicou o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, no X (antigo Twitter).

O aplicativo poderá ser acessado assim que o usuário tiver um novo celular. Outra possibilidade é cadastrar uma pessoa de confiança no programa e permitir que ela possa bloquear, por conta própria, o aparelho da pessoa que foi furtada ou roubada.

O objetivo do Celular Seguro é inutilizar rapidamente e impedir que o ladrão tenha acesso aos dados da pessoa furtada ou roubada. O acordo para a atuação do aplicativo foi firmado com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) por meio do fornecimento do código IMEI (número único de identificação do aparelho).

O passo a passo para o funcionamento do Celular Seguro é dos mais simples. Primeiramente, basta instalar o aplicativo, que estará disponível nas plataformas Google Play ou App Store. Em seguida, é preciso fazer o login utilizando a conta gov.br por meio do CPF e da senha (quem não tiver uma, pode fazer minutos antes de se cadastrar no Celular Seguro).

Na página inicial, o responsável por realizar o cadastro pode indicar uma pessoa de confiança, registrar um número de telefone ou fazer uma ocorrência em caso de roubo ou furto.

O aplicativo vem no momento em que dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, relativos a 2022, mostram que aproximadamente 1 milhão de celulares foram roubados ou furtados. Desse total, cerca de 508 mil foram roubados e 490 mil furtados. Esses número representam um crescimento de 16,6% em relação aos registrados em 2021.

Boa parte dos celulares furtados ou roubados vai para as mãos de quadrilhas de estelionatários, que usam os dados do dono do aparelho para aplicar golpes, e para as facções que atuam dentro dos presídios brasileiros.

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