O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência pelo PT, vai participar de atos públicos com aliados na Paraíba e no Piauí, considerados dois estados estratégicos para a campanha do PT no Nordeste. Os atos foram convocados com o slogan da campanha da legenda, “Vamos Juntos pelo Brasil”.
Em Campina Grande, na Paraíba, Lula subirá no palco com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e com o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PT), na terça-feira (2), no Parque do Povo, às 17h. Vital do Rêgo é pré-candidato ao governo paraibano e Coutinho é pré-candidato ao Senado.
No estado, o apoio de Lula é disputado pelo governador João Azevêdo, que é do mesmo partido do vice de Lula, Geraldo Alckmin, do PSB, e por isso a presença de Vital do Rêgo no ato com Lula é um sinalizador importante na articulação do palanque paraibano.
Já no Piauí, na quarta-feira (3), o ex-presidente visitará Teresina, onde participará de ato com as presenças do ex-governador Wellington Dias e Rafael Fonteles, ambos petistas. O ato será realizado na Cidade do Povo, a partir das 18h.
Dias é pré-candidato ao Senado e Fonteles é pré-candidato ao governo piauiense, tendo como atrativo a gestão como secretário estadual de Fazenda. A campanha petista no estado tenta fazer frente à do PP, de Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL).
Na quinta-feira (4), o ex-presidente Lula terá encontro, em São Paulo, com o deputado federal mineiro André Janones, candidato ao Palácio do Planalto pelo Avante. Janones fará uma série de propostas como condição para seu apoio ao petista e, consequentemente, desistência da disputa ao Executivo federal.
No último sábado, Lula participou da convenção do PT no Ceará, onde confirmou a candidatura de Elmano de Freitas ao governo do estado, com o ex-governador Camilo Santana para o Senado. Os dois também são petistas.
Embora tenha participado dos atos de pré-campanha em Pernambuco na semana em que o PT oficializou a chapa, Alckmin não participou nem da convenção no Ceará, nem estará presente nos atos com Lula na Paraíba e no Piauí.
A campanha do PT e PSB decidiu dividir os candidatos, dando ao ex-governador de São Paulo a missão de articular reuniões com empresários e setor financeiro, onde os petistas têm tido mais dificuldade de aproximação. (Por Luana Melody Brasil)