O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrou nesta segunda-feira (27) com uma ação, no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a abertura de um inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro pela existência de supostas mensagens que poderiam incriminá-lo.

A motivação é uma conversa do ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, com o ex-presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, de que seu celular corporativo teria conversas que implicariam Bolsonaro.

Randolfe solicita a tomada de medidas como busca e apreensão do celular citado na conversa para perícia e a divulgação do conteúdo dos diálogos.

“Se o Presidente da República interfere na gestão de patrimônio público, que é de todos os brasileiros e usado exclusivamente em seu prol, é direito de todos os brasileiros conhecer os fatos”, diz Randolfe.

Castello Branco teria dito a Rubem Novaes que devolveu o celular funcional assim que deixou o comando da Petrobras, em 2021.

“No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, disse o ex-chefe da estatal, em informação publicada pelo portal Metrópoles.

Acesso às mensagens

Em outro requerimento, os senadores Jean Paul Prates (PT-RN), Jaques Wagner (PT-BA) e Zenaide Maia (PROS-RN) pediram a cópia dos arquivos de mensagens, inclusive em aplicativos de mensagens, dos aparelhos telefônicos celulares utilizados pelos presidentes da Petrobras desde 2019.

O pedido inclui registros sonoros, visuais e audiovisuais das reuniões do Conselhos Administrativo no mesmo período, assim como das respectivas atas de reuniões. Os senadores também requerem informações sobre regras internas para a preservação dos dados de ex-presidentes da Petrobras.

O documento foi apresentado ao plenário do Senado. Cabe à Mesa Diretora da Casa analisar a validade do pedido. (Por Levy Guimarães)

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