O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se colocou contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atual gestão da Petrobras.

A ideia é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e por deputados da base governista, que já começaram a coletar assinaturas para o requerimento na Câmara dos Deputados.

Pacheco disse que tratando-se de um tema da Câmara, não caberia a ele opinar. Mas ressaltou que a iniciativa não ajudaria a resolver o problema dos preços dos combustíveis no país.

“Não sou favorável. Acho que não tem a mínima razoabilidade uma CPI em um momento desse por conta de um fato desse. Acho que há outras medidas, inclusive de índole legislativa e do Poder Executivo muito mais úteis para resolver o problema do que uma CPI”, disse nesta terça-feira (21).

A solução defendida por Pacheco foi o projeto de lei que cria uma conta de estabilização para os preços dos combustíveis. Aprovado em abril pelo Senado, o texto direciona dividendos da Petrobras para um fundo que seria aplicado na amortização dos preços em momentos de crise.

“Me parece mais lógico que o excedente dos dividendos da União possam ser revertidos para a sociedade através de especificidades para caminhoneiros, taxistas, gás de cozinha, beneficiários do Auxílio Brasil”, afirmou.

O senador disse ter defendido a proposta em reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com líderes daquela Casa, na última segunda (21). Mas o projeto ainda não avançou desde que chegou à análise dos deputados. (Por Levy Guimarães)

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