O ministro da Economia Paulo Guedes prometeu remover e atacar os encargos trabalhistas, que ele considera uma “bomba de destruição em massa de empregos”.

Exemplos de encargos trabalhistas são: férias, 13º salário, licença maternidade, vale transporte, vale refeição, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outros.

“Nós vamos dar continuidade ao nosso programa que é o ‘Caminho da Prosperidade’, nós vamos melhorar essa rampa de ascensão social”, disse o ministro. Ele discursou, nesta segunda-feira (16), na cerimônia de abertura da Apas Show, da Associação Paulista de Supermercados, em São Paulo.

“O Brasil gerou mais de 12 milhões de emprego, desde o fundo do poço, antes de mexer nos encargos, porque lá na frente nós vamos rever isso. Nós temos que remover a bomba de destruição em massa de empregos que são os encargos trabalhistas. Nós vamos ter que atacar esse problema também”, acrescentou.

Guedes citou um dado descontextualizado, pois se forem considerados os empregos formais, foram gerados pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), entre 2019 e 2021, quase 4 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mantido pelo governo.

Em 2020, no auge da pandemia do coronavírus, mais de 12,4 milhões de empregos foram mantidos, e não criados, como disse o ministro, por meio do programa de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, que promoveu a redução temporária de salários e suspendeu contratos de trabalho. Os dados são do Tribunal de Contas da União (TCU).

Um total de 3,463 milhões de pessoas tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais, o equivalente a 29% do total de 11,949 milhões de desempregados existentes no período, segundo a Pnad divulgada na última sexta-feira (13).

Mais cedo, nesta segunda, o ministro havia sinalizado que não vai avançar na proposta de reduzir o FGTS enquanto chefiar a pasta.

“Não teve e não terá [aval] porque a gente não vai mexer nessa legislação trabalhista que está aí. A gente queria criar uma alternativa, que era o regime verde-amarelo”, disse Guedes ao portal Jota.

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