A Polícia Federal e o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, viajaram na manhã desta quarta-feira (27) até a comunidade Aracaçá, onde uma menina ianomâmi, de 12 anos, foi morta e estuprada por garimpeiros, para apurar de perto a denúncia feita por moradores da região.

O Condisi-YY planeja trazer para a capital Boa Vista o corpo da menina para que seja feita autópsia no Instituto Médico Legal (IML).

Além da morte dela, há ainda o registro de uma criança, de cerca de 3 anos, que caiu do barco e sumiu no rio Uraricorea quando a mãe tentava salvar a menina do ataque dos invasores.

A comitiva tem, ainda, servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério Público Federal (MPF). A comunidade Aracaçá, onde a menina morava, fica na região de Waikás, no município de Amajari, ao Norte do estado.

A viagem é feita num helicóptero modelo H-60 Black Hawk da Força Aérea Brasileira (FAB). Hekurari informou que o voo deve durar cerca de 1h40. Eles decolaram da capital por volta de 8h15 (9h15 de Brasília).

A Terra Yanomami, a maior reserva indígena do Brasil, só pode ser acessada por aeronaves ou barcos. Por isso, as fortes chuvas dessa terça-feira (26) impediram a ida até a região.

O acesso à região de Waikás demora cerca de 1h15 de voo saindo de Boa Vista. Para chegar até a comunidade Aracaçá, onde a menina foi estuprada e morreu, são mais 30 minutos de helicóptero ou 5 horas de barco pelo rio Uraricoera. A população da região é 198 indígenas, segundo o Condisi-YY. (Fonte: G1)

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