O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é inimigo de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, e que as eleições brasileiras não são transparentes. As declarações foram dadas em entrevista à “Jovem Pan News”, ao comentar a fala do chefe do Executivo sobre o acordo entre o TSE e o WhatsApp. O aplicativo se comprometeu com a Corte a permitir o compartilhamento de mensagens em grupos com milhares de pessoas apenas depois das eleições brasileiras. Bolsonaro diz que o acordo não vai ser cumprido, sem explicar como conseguiria fazer isso, já que é o WhatsApp quem pode liberar a ferramenta. Eduardo Bolsonaro também disse não saber como isso poderia ser feito, mas criticou a Corte Eleitoral

“O que você consegue extrair daí é que de fato o TSE tem como inimigo o presidente Jair Bolsonaro. Isso está muito claro e evidente. Por que cargas d’água você vai partir do princípio, você vai inverter o princípio constitucional de presunção da inocência, e achar que um novo dispositivo para melhor comunicar as pessoas vai ser usado para o mal? Isso é um total absurdo. É Uma total inversão dos valores. É nas palavras do agora aposentado, ministro Marco Aurélio Mello, são tempos estranhos que estamos vivendo. O WhatsApp ele depreciou seu produto quando ele começou a reduzir a possibilidade de encaminhamento de mensagens. Isso daí e obviamente para atingir o presidente Bolsonaro”, disse Eduardo Bolsonaro.

Para o parlamentar, o país caminha para se tornar um novo Vietnã, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito. Por lá, segundo ele, o governo proibiu críticas ao governo e teve o aval do Facebook, dono do WhatsApp. Eduardo Bolsonaro afirmou que a eleição brasileira não promove uma concorrência leal entre os candidatos.

“Isso não é uma concorrência leal. Uma parte do TSE é composta por ministros do STF, está lá o (Edson) Fachin, o (Luís Roberto) Barroso e o Alexandre de Moraes. Já passaram muito daquelas aulas que tive quando aluno de direito, que dizia que o poder Judiciário é inerte. Eles são totalmente ativos. O Barroso, como presidente do TSE, entrou dentro do Congresso Nacional, conversou com 11 líderes e eles mudaram seu posicionamento em relação ao voto impresso. Pelos bastidores, igual manobra foi feita, eu não posso confirmar, mas é o que a rádio corredor diz, que alguns ministros do STF telefonaram para parlamentares para manter Daniel Silveira preso”, reclamou, completando: “Não há mal que dure para sempre. Qual vai ser o desfecho disso? Eu não sei. Agora, o que eu sei que estamos vivendo uma eleição que não é tranparente.” (Fonte: OTempo)

Comments are closed.