O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não admitirá ser banido das redes sociais durante a campanha eleitoral deste ano. Segundo o chefe do Executivo, esse tipo de medida está “fora das quatro linhas” da Constituição, o que fere a disputa eleitoral democrática. A declaração foi dada à Jovem Pan, em entrevista exclusiva para o quadro “Os Pingos nos Is”, nessa segunda-feira, 10.

“Me banir das redes sociais é jogar fora das quatro linhas [da Constituição]. O jogo tem que ser realizado dentro das quatro linhas. Eu só posso dizer isso. A gente não pode admitir um jogo baixo dessa natureza. Aí não é uma disputa dentro do critério democrático, é uma imposição. A gente não pode admitir isso daí. O bom senso se fará presente”, argumentou Bolsonaro.

O presidente ainda voltou a criticar a cassação do mandato do deputado estadual Felipe Francischini, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em momento anterior às eleições presidenciais de 2018, que elegeram Bolsonaro, o homem havia divulgado informações falsas sobre as urnas eletrônicas.

“O que é natural é o chefe de Executivo tomar medidas restritivas para ele continuar no poder. E acontece o contrário aqui no Brasil. Me acusavam que eu seria um ditador, perseguiria negros, gays, mulheres e viram que o contrário aconteceu”, reforçou o mandatário. Em seguida, ele desafiou: “Queria que ao longo de três anos alguém apontasse uma ação antidemocrática da minha parte, uma só tentativa de querer burlar, usar do poder que a gente tem para conseguir uma reeleição”.

Ainda no programa Morning Show, Bolsonaro comentou sobre temas como críticas ao ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) e a “onda vermelha” que estaria ascendendo no Brasil. Em conversa com Zoe Martinez, o chefe do Executivo debate pautas sobre “ideologia de gênero“.

“O pessoal que vai morar ali, dois homens ou duas mulheres, a maioria deles não quer essa promiscuidade toda. Eles querem trabalhar, cuidar da vida deles, ser feliz entre as quatro paredes”, disse o presidente. “Essas pessoas não ficam com esse ‘ativismo’, de todo mundo ter que aceitar, botar na escola. Tem LGBT que conversa comigo sem problema nenhum, muita gente que descobre que é depois e o comportamento completamente normal, não tem problema nenhum”, prosseguiu.

Comments are closed.