O ministro da Economia, Paulo Guedes , criticou o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que, segundo ele, ofereceu bolsas de estudos em faculdades particulares “para quem não tinha a menor capacidade. Não sabia ler, escrever. Botaram todo mundo. Exageraram. Foi de um extremo ao outro”, afirmou.

Segundo Guedes , o filho do seu porteiro foi beneficiado pelo programa, mesmo após zerar o vestibular. “O porteiro do meu prédio, uma vez, virou para mim e falou assim: ‘Seu Paulo, eu estou muito preocupado’. O que houve? ‘Meu filho passou na universidade privada’. Ué, mas está triste por quê? ‘Ele tirou zero na prova. Tirou zero em todas as provas e eu recebi um negócio dizendo: parabéns, seu filho tirou…’ Aí tinha um espaço para preencher, colocava ‘zero’. Seu filho tirou zero. E acaba de se endereçar a nossa escola, estamos muito felizes”, contou Guedes.

No entanto, diferentemente do que conta o ministro, o Fies exige notas mínimas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou no vestibular de cada universidade para aprovar o financiamento do candidato. Desde 2010, o programo do governo federal requer que o aluno tenha média aritmética das provas do Enem igual ou superior a 450 pontos, além de não zerar a redação.

O depoimento de Guedes foi feito em  reunião do Conselho de Saúde Suplementar (Consu), na terça-feira (27). O ministro não sabia que estava sendo gravado. (Por Brasil Econômico | Guilherme Naldis)

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