O Twitter suspendeu nesta sexta-feira, 24, as contas de militantes e blogueiros bolsonaristas e aliados do presidente Jair Bolsonaro, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Entre os 16 alvos da medida, ordenada por Moraes em 27 de maio, estão o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB, os empresários Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, e Edgard Corona, das academias BioRitmo e Smartfit, Edson Salomão, do Movimento Conservador, Sara Winter, líder do movimento extremista 300 do Brasil, e os blogueiros Allan dos Santos e Bernardo Kuster. Desde a manhã desta sexta, os perfis na rede social aparecem como “retidos”.

A decisão de Moraes, tomada em maio e cumprida agora, se deu no âmbito do inquérito que apura a disseminação de notícias falsas e agressões a ministros do Supremo. O ministro é o relator das apurações. Conforme noticiou a coluna Radar, quase dois meses depois do despacho, Moraes deu um ultimato ao Twitter na quarta-feira, 22, para que a ordem fosse cumprida em 24 horas.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Twitter afirmou que a rede social “agiu estritamente em cumprimento a uma ordem legal proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF)”.

Além do bloqueio das contas dos investigados em redes sociais como Twitter, Facebook e Instagram, Moraes determinou na ocasião buscas e apreensões em endereços de suspeitos, quebras dos sigilos fiscal e bancário de empresários investigados por supostamente financiarem fake news e a notificação a deputados aliados de Bolsonaro para que prestassem depoimento.

Foram alvos das quebras de sigilo Hang, Corona, Reinaldo Bianchi e Winston Lima e intimados a depor os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Junio Amaral (PSL-MG), Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PSL-SP) e os deputados estaduais paulistas Gil Diniz (PSL) e Douglas Garcia (PTB).

Leave A Reply