A prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), nesta quinta-feira (17), tem repercutido nos bastidores de Brasília como mais um momento de incerteza na política do país. A coluna conversou com lideranças mineiras no Parlamento que avaliaram que o receio agora recaí sobre como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai se manifestar em relação à isso.

Nesta quinta-feira, o presidente deixou o Palácio da Alvorada, em Brasília, em comboio em alta velocidade, sem parar para falar com apoiadores, como de habitual. A avaliação até agora é de que, pelo o que se conhece, Bolsonaro deve fazer declarações irônicas e atacar, novamente, o Judiciário, e os Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, sob argumento de que ele e a família são vítimas de perseguição.

“Ele (Bolsonaro) é uma bomba-relógio. É difícil prever. Claro que, no Parlamento, isso deixa todos apreensivos, mas é preciso ter cautela. Uma coisa é certa: ele não vai ficar quieto e, a partir daí, vamos ver como vamos nos posicionar, mas o provável é manter a linha de que é preciso investigar os fatos”, resumiu um líder.

Essa postura de que é preciso aguardar as investigações e cautela tem sido mantida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e por lideranças no Congresso sob a justificativa de que é preciso evitar mais polêmicas na República, com foco no combate ao novo coronavírus. Soma-se a isso o fato de que Bolsonaro e o chamado “centrão”, maior grupo do Legislativo, agora caminham juntos. (Por Fransciny Alves/Otempo)

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