Dois dos três frigoríficos alugados para armazenar corpos de vítimas que morreram de causas naturais e doenças, dentre elas o novo coronavírus, já foram desativados em Belém por conta da diminuição do número de óbitos nas últimas semanas. Os frigoríficos, que ficavam na área externa do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC), em Belém, chegaram a receber até 20 corpos por dia; hoje, a média é dois corpos.
Apenas um frigorífico ainda está em funcionamento, comportando cinco corpos, segundo o último levantamento realizado pelo CPCRC, às 11h desta terça-feira, 2. Na primeira quinzena de maio, todos os três contêineres chegaram a ficar totalmente ocupados. Nos dois maiores, a capacidade era para 35 corpos. No menor, que ainda está em funcionamento, 20.
Segundo o sanitarista e diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), Amiraldo Pinheiro, a tendência é que não tenha mais um aumento no número de óbitos. “O Estado está trabalhando com várias linhas e ações de combate ao coronavírus, por isso, essa diminuição no número de atendimentos nos hospitais e, consequentemente, no número de óbitos”, ressaltou.
Em abril, o órgão dobrou a capacidade técnica para atender a crescente demanda da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), responsável pela análise das mortes por causa natural ou doenças diversas.
Orientação
O CPCRC reforça que, para casos de pessoas que morrem de causa natural em domicílio, a solicitação para remoção do corpo não poderá ser feita diretamente por um familiar. Nesses casos, o familiar deve ir a uma Delegacia e registrar o boletim de ocorrência, para que a autoridade policial acione a equipe de remoção do SVO.
Já em relação às mortes naturais em hospitais e outras unidades de saúde, a solicitação de remoção ao SVO será feita pelo médico, quando o paciente tem menos de 24 horas de internação e a equipe médica não tenha condições clínicas de atestar a causa da morte. (Fonte: OLiberal)

Leave A Reply