O governo brasileiro negociará com os Estados Unidos o fim da exigência de vistos para brasileiros que visitam o país norte-americano. Foi o que informou nesta sexta-feira (15) o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em entrevista à Rádio Gaúcha.
A medida seria uma contrapartida à decisão unilateral, ou seja, sem a exigência de reciprocidade, que será anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), em sua visita a Washington, de liberar o ingresso de americanos, canadenses, australianos e japoneses no Brasil.
“No momento, queremos fazer esse caminho de lá para cá, em benefício de nosso mercado de turismo. A isenção de visto para esses quatro países pode gerar uma receita adicional de vários bilhões de reais”, afirmou Ernesto Araújo.
Além da isenção de visto, o objetivo, segundo o ministro, é conversar com autoridades norte-americanas sobre o tratamento dado a brasileiros que entram nos Estados Unidos. Existem casos em que, mesmo com a documentação regular, o cidadão é obrigado a voltar ao Brasil.
“Vamos manter um diálogo consular, para que não haja discriminação e desrespeito. Os turistas brasileiros estão entre os que mais gastam nos EUA. Tenho certeza que o atual clima político (de aproximação entre Bolsonaro e Donald Trump) vai facilitar esse tipo de ação”, ressaltou o ministro.
Atrativo
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente brasileiro, defendeu a retirada de vistos para americanos. Segundo ele, o Brasil não é tão atrativo para o turismo por problemas de segurança pública, e o visto é mais uma burocracia que dificulta a vinda de americanos.
“O Brasil só tem a ganhar com essa medida. A gente está, na verdade, se aproveitando e pegando os dólares dos americanos para gerar emprego no turismo, disse Eduardo Bolsonaro durante a posse de deputados estaduais na Assembleia Legislativa de São Paulo.
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