Uma equipe composta por alunos e professores do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), unidade plena de Axixá, vai lançar um CanSat – pequeno satélite construído à base de sucata e produtos de baixo custo. O lançamento está previsto para o dia 15 de maio e acontece durante a mostra de foguetes que será realizada nesse mês pela unidade axixaense do Instituto. A equipe, que recebeu o nome de Sputnik, é composta pelos professores Jonny Erick (química), Walter Castro (geografia) e Caio Magno (engenharia mecatrônica) e pelos alunos José Magno, Kassio Wendy, Samuel Amaral (curso técnico em informática) e Guilherme Maciel (curso técnico em eletrotécnica).
Considerado um dos entusiastas do IEMA, o reitor do Instituto, Jhonatan Almada recebeu com satisfação a notícia do lançamento do satélite. Para o reitor, o CanSat comprova o investimento em pesquisa, mas também revela um fato novo. “Esse projeto representa o ponto de avanço, de crescimento que a instituição alcançou nestes últimos quatro anos. Para além de desenvolver a pesquisa no âmbito científico, estamos produzindo tecnologia. Isso nos orgulha porque evidencia a qualidade do trabalho implementado e projeta o nome do Maranhão para o mundo.”

Os trabalhos (estudos aeroespaciais) em torno do projeto iniciaram e 2017, quando parte da equipe participou da OBAA – Olimpíada Brasileira de Geografia e Astronáutica. O que começou em 2017 com a participação do IEMA na OBAA levou um dos alunos da UP Axixá para a Jornada Espacial no mesmo ano em São José dos Campos. As participações em eventos assim e as conquistas fizeram os professores perceber que alguns dos alunos tinham potencial para a questão aeroespacial. Em 2018 o grupo intensificou os trabalhos nessa área e passou a estudar os foguetes fabricados com garrafa pet.
Jonny Erick revela que eles passaram o ano de 2018 estudando a questão teórica. Ele lembra que eles tiveram a oportunidade de ir para a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – o IEMA participou da Reunião Anual que aconteceu em Maceió) e lá participaram de uma oficina ofertada pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) sobre montagem do CanSat. Conheceram o pessoal da AEB (Agência Espacial Brasileira), que continuou a ajudar o grupo do Maranhão com material teórico e com a montagem do CanSat. De agosto do ano passado até o início deste ano eles intensificaram os trabalhos de montagem.
Erick explica que o CanSat é um dispositivo que demanda um pouco mais de conhecimento, de trabalho devido à complexidade da produção porque ele envolve tanto a questão física quanto a lógica (programação) – a quantidade de sensores. Entusiasmado, o professor comemora as conquistas e diz que todo o esforço foi válido porque no início de 2019 conseguiram montar o primeiro protótipo. “Primeiramente testamos os sensores, mas sem montagem, depois partimos para a questão da estrutura porque há todo um estudo que indica que ele precisa ser leve, ter um peso máximo para ser considerado CanSat”, relata o professo ao explicar que ‘há um conjunto de pequenas regulamentações’. “Ele tem de ser feito de sucata, produto de baixo custo. Esse é um dos princípios do protótipo do CanSat. O nosso primeiro foi montado numa lata de Red Bull, com dois sensores apenas: de umidade e de temperatura.”
A última etapa é a do lançamento do satélite na atmosfera. Com a previsão para maio, embora pareça uma data distante, a tendência é intensificar ainda mais os testes. “Estamos vendo como vamos laçar para verificar se ele está captando as informações dos sensores que implantamos (temperatura e umidade), ou seja, queremos saber se há conexão e leitura dos dados”, conclui o professor.
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