O ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho (PV) tomou posse, na última terça-feira 1º, como secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal (DF). Zequinha Sarney, como também é conhecido, foi nomeado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), que assumiu o cargo em cerimônia no Palácio do Buriti.
Nas redes sociais, Sarney Filho anunciou seu primeiro desafio no comando da pasta: trabalhar, junto com sua equipe, pela preservação e recuperação de nascentes e rios da região. Outras prioridades da gestão, segundo ele, são o licenciamento e o cuidado com os parques e reservas ambientais do Distrito Federal.
Como o seu mandato de deputado federal termina apenas no final deste mês, quando encerra a legislatura 2015-2019, para assumir o cargo no governo Ibaneis Rocha, Sarney Filho precisou se licenciar do mandato, abrindo a vaga para Alberto Filho (PP-MA), primeiro suplente da coligação nas eleições de 2014.
Filho do ex-presidente da República José Sarney (MDB-MA), Sarney Filho se elegeu deputado estadual pelo Maranhão em 1979. Na eleição seguinte, garantiu cargo de deputado federal pelo PSD, posto para o qual foi reeleito nos seis períodos seguintes, e onde destacou-se por diversas vezes como um dos cabeças do Congresso Nacional, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Antes de chegar ao PV, partido que integra atualmente, ele também passou pelo Arena, PFL e Democratas.
Em 1999, quando Fernando Henrique Cardoso foi reeleito presidente, ele comandou o Ministério do Meio Ambiente pela primeira vez, entre 1999 e 2002. Ao deixar o cargo, filiou-se ao Partido Verde, sendo alçado a líder da bancada da legenda na Câmara dos Deputados na atual legislativa.
Em maio de 2016, foi convidado pelo então presidente Michel Temer (MDB) para voltar ao comando do Ministério do Meio Ambiente, onde permaneceu até abril do ano passado, quando se desincompatibilizou para concorrer ao Senado Federal pelo Maranhão, mas não se elegeu. Na área ambiental, destacou-se pelo antagonismo ao agronegócio. Levantou debates no Congresso sobre a prevenção de incêndios florestais e agressões a unidades de conservação.

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