O vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB), foi preso em uma fazenda de Vazante, no Noroeste de Minas, na manhã desta sexta-feira (9), em mais uma fase da operação Lava Jato. São cumpridos 19 mandados de prisão, incluindo do sócio da JBS, Joesley Batista, e do executivo da empresa, Ricardo Saud, além de 63 mandados de busca e apreensão.
Do total, 26 mandados são cumpridos somente em Minas Gerais. A Polícia Federal está nas ruas da capital. O deputado estadual João Magalhães (MDB) é um dos presos na operação. Além dele, foram presos Mateus Moura, Cláudio Donato, Mauro Luiz de Moura Araújo e Ildeu da Cunha Pereira.
Além dos mandados cumpridos em Minas, policiais estão fazem buscas em outros quatro estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Paraíba) e no Distrito Federal.
A Polícia Federal também está no centro de distribuição de uma rede de supermercados no bairro São Mateus, em Contagem.
A base da operação seria a delação de um dos operadores do MDB, Lúcio Bolonha Funaro, que foi preso em 2016 pela Lava Jato. Ele e o ex-governador estariam envolvidos em um esquema de corrupção firmado com a empresa JBS.
Chamada “Capitu”, uma alusão à trama de traição de Machado de Assis, a investigação gira em torno de um esquema de corrupção que teria acontecido em 2013, quando o vice-governador era ministro da Agricultura do governo Dilma Rousseff (PT).
Defesa de Antônio Andrade divulga nota
“Haverá manifestação tão logo a defesa tome conhecimento do conteúdo do inquérito. Durante o depoimento, Antônio Andrade respondeu tudo o que lhe foi perguntado e colaborou com o trabalho da Polícia Federal.” (Por Mariana Nogueira)

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