A Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou nota oficial nesta quarta-feira (11) na qual rebate a acusação feita pelo Palmeiras de que houve interferência externa sobre a arbitragem no segundo jogo da decisão do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, domingo, no Allianz Parque.
“As imagens veiculadas pelo site da Sociedade Esportiva Palmeiras não provam nenhuma interferência externa na decisão dos árbitros, de voltar atrás na marcação de um pênalti inexistente”, diz trecho da nota divulgado pela federação.
O comunicado, assinado pelo presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, diz ainda que o diretor de árbitros da Federação Paulista de Futebol, Dionísio Roberto Domingos, não teve qualquer influência na decisão do árbitro Marcelo Aparecido de Souza de anular a marcação de pênalti de Ralf em Dudu.
“Como responsável pela avaliação da equipe de arbitragem, Dionísio Roberto Domingos estava legitimado a permanecer no entorno do gramado, onde ficou durante a partida inteira. Nem ele nem nenhum diretor da entidade teve qualquer influência na decisão da equipe de arbitragem na final do Campeonato Paulista de 2018”, afirma.
A federação também declarou que pretende discutir com os demais clubes o pedido do Palmeiras de implementação do árbitro de vídeo para todas as partidas do Campeonato Paulista a partir de 2019.
“A FPF informa que está atenta às reivindicações feitas pelo Palmeiras por meio da imprensa e afirma que, em coerência com todas a atitudes desta gestão, colocará as propostas em pauta para que os clubes, soberanamente e em colegiado, decidam a respeito da gravação das conversas entre os árbitros e da adoção do VAR para o Paulistão-2019.”
Na última terça-feira, o Palmeiras publicou vídeo com variados ângulos da câmeras para tentar mostrar que houve interferência externa para cancelar a marcação do pênalti sobre Dudu, no segundo tempo da decisão vencida pelo Corinthians nos pênaltis, após triunfo por 1 a 0 no tempo normal.
O material gravado por câmeras fixadas na parte superior do estádio mostram a movimentação no túnel de acesso ao vestiário e explicações sobre os desdobramentos. Segundo o clube, o diretor de arbitragem da FPF foi ao gramado para se comunicar primeiramente com o assistente e depois com um dos árbitros reservas, que acabou transmitindo supostamente a informação para o juiz principal. Entre a marcação do pênalti de Ralf em Dudu, o cancelamento e a posterior retomada do jogo, foram oito minutos de paralisação.
Além disso, o Palmeiras protocolou na noite desta terça-feira no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo um pedido de impugnação da final. O clube justifica que imagens provam a existência de interferência externa na atuação do árbitro. Essa ação foi criticada pela federação em sua nota oficial. “FPF lamenta qualquer ação que vislumbre modificar o resultado de campo nos tribunais”, afirma. (Estadão Conteúdo)
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