A polícia do Rio de Janeiro descobriu o número do celular do motorista do carro usado no dia dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson. A partir disso, a instituição quebrou o sigilo telefônico de vereadores da Câmara do Rio de Janeiro, para investigar a presença de milicianos na Casa, horas antes do crime, segundo reportagem do The Intercept Brasil.
Oito vereadores já foram ouvidos pela polícia. Um deles recebeu em seu gabinete, horas antes do crime, um ex-policial militar indiciado na CPI das Milícias na qual Marielle trabalhou. Uma semana antes da morte da vereadora, o ex-vereador Cristiano Girão, condenado por chefiar uma milícia na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, também esteve na Câmara.
Marielle Franco estava denunciando ações da Polícia Militar, principalmente do 41º Batalhão de Polícia Militar, de Acari, unidade onde trabalham policiais que já foram homenageados com moções pelo vereador que recebeu um miliciano antes do crime, afirma a reportagem.
A polícia investiga o envolvimento de milícias na morte de Marielle, devido ao modo como o crime aconteceu: perseguição à vítima; veículos com placas clonadas, além de um abafador de som ao disparar os tiros com uma pistola 9 mm – todos na direção da cabeça de Marielle.

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