Diário de Rosário


Aquiles Emir

O deputado Wellington do Curso (PP) recorreu a uma expressão chula ao discursar da tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (20) para questionar o nome de um suposto aprovado em seletivo da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para agente penitenciário no município de Carolina. “Alfredo é bofe de quem?”, perguntou o nobre deputado da tribuna da sede do parlamento estadual, quando reclamou dos dados incompletos desta pessoa, que está na lista identificada apenas como Alfredo.

“Bofe” é uma expressão usada no meio LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) para definir um dos membros de casal homossexual, logo o deputado estaria insinuando que trata-se de algum protegido por relações homoafetivas, que, por esta condição, estaria sendo premiado por alguém dentro da estrutura do Estado ou da instituição encarregada do seletivo com um emprego público.

Até o momento não se sabe quem é Alfredo, se ele realmente é bofe e de quem seria parceiro. Se não é grave, pelo menos indelicado e deselegante é o questionamento, já que se trata de um assunto que merece uma profunda investigação tanto do Poder Executivo quanto do Ministério Público e da própria Assembleia Legislativa.

Além de Alfredo, o deputado Wellington do Curso questiona a inclusão da Igreja Assembleia de Deus na lista dos aprovados, apesar do rigor das exigências contidas no edital para alguém participar da seleção, dentre elas possuir título de eleitor, estar em dia com a Justiça Eleitoral, se portador de CPF, ter endereço certo e não usar abreviaturas em seus dados pessoais. Pelo que se observa, a igreja cumpriu todas essas obrigações. O deputado também estranha o grande número de filiados ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) entre os selecionados, daí porque tratou de dar novo significado para a sigla: Partido Camarada do Brasil.

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