A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestou nesta quarta-feira (20) contra a suspensão do envio à Câmara da nova denúncia contra o presidente Michel Temer, por 7 votos a 1. A sessão será retomada nesta quinta-feira (21). Faltam os votos de três ministros.

Nesta quarta-feira,  os ministros Edson Fachin, relator, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso,  Rosa Weber, Luiz Fux e Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski votaram pela contra o pedido da defesa de Temer. Gilmar Mendes votou a favor do presidente. Nesta quinta-feira, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Cármen Lúcia votam.

A autorização prévia para processar o presidente da República está prevista no Artigo 86 da Constituição: “Admitida a acusação contra o presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade”.

O julgamento foi motivado por um pedido feito pela defesa de Temer. Inicialmente, o advogado Antônio Claudio Mariz, representante do presidente, pretendia suspender uma eventual denúncia em função da abertura do processo de revisão da delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS. Na quinta-feira (14), após Janot enviar a denúncia ao STF, Mariz entrou com outra petição para que a peça seja devolvida à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Para o advogado de Temer, as acusações referem-se a um período em que o presidente não estava no cargo. De acordo com a Constituição, o presidente da República não pode ser alvo de investigação sobre fatos que aconteceram antes de assumir a chefia do governo.

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