A fuga ocorrida na noite de domingo (21) no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, onde 32 detentos conseguiram escapar após o muro do Centro de Detenção Provisório (CDP) ter sido explodido, entre 20h e 21h, causou momentos de tensão entre os residentes que vivem próximo ao presídio.
Como foi o caso da aposentada Vicença Alves da Silva, de 74 anos, que reside em uma casa situada na rua atrás do Complexo de Pedrinhas.
Ela, que mora sozinha e sofre de uma doença no coração, disse que ficou nervosa, passou mal e chegou a desmaiar quando a sua residência foi atingida pelos disparos dos tiros trocados entre a polícia e os fugitivos. “Na hora dos tiros eu fiquei nervosa e comecei logo a passar mal. Foi na hora do estrondo e depois eu não vi mais nada”, revelou a aposentada Vicença Alves.
Os cômodos da casa aposentada foram perfurados por disparos de arma de fogo chegando a comprometer até o telhado que ficou completamente destruído com a ação no Complexo de Pedrinhas. Ela afirma que não tem como arcar com os danos causados no local. “Está quebrada e eu estou sem saber o que eu vou fazer porque eu não tenho condição”, desabafou.
Durante a fuga um dos presos, antes de fugir, pulou o muro da casa de Vicença e entrou no quintal dela, mas não chegou a invadir a área interna da residência, segundo a aposentada. “Ele ficou bastante tempo aqui, mas graças a Deus ele não fez menção de arrebentar a minha porta da cozinha para poder entrar. Eu estava com medo, mas ele não forçou a minha porta. Daqui mesmo ele escapuliu. Eu não sei quem foi porque eu não vi. Eu só escutava as pancadas no muro e eu pedindo a Deus que ele saísse logo para poder me deixar em paz”, lembrou.
O detento, ainda sem identificação, deixou um calção que ele vestia no quintal da aposentada. A peça de roupa que estava sua de sangue causou pavor na moradora Vicença Alves da Silva. “Quando foi de manhã que eu levantei eu vi o calção ali. Quase que eu caio para trás quando eu vi o sangue”, finalizou. (G1MA)