A woman counts U.S. dollars after exchanging her yen at a money changer at Haneda airport in Tokyo August 1, 2011. The dollar rose against the Japanese yen and the Swiss franc on Monday after U.S. President Barack Obama said leaders from the two parties reached an agreement to reduce the deficit.   REUTERS/Yuriko Nakao (JAPAN - Tags: BUSINESS POLITICS)

O dólar terminou a sessão desta sexta-feira (27) no menor nível em três meses, cotado a R$ 3,1494 (-0,83%). Alinhado a movimentos em outros mercados emergentes, o recuo da divisa norte-americana foi direcionado pela busca por ativos de risco – e maior rendimento – após o resultado decepcionante do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2016.

A primeira estimativa do PIB norte-americano frustrou os investidores, ao mostrar uma expansão anualizada de 1,9%, abaixo da previsão dos analistas de um avanço de 2,2%. Também ficou bem inferior ao resultado do terceiro trimestre, de alta de 3,5%. Diante dos números, aumentaram os questionamentos sobre o ritmo de aperto monetário por lá e cresceram as expectativas de migração de recursos para países emergentes, que oferecem rentabilidades mais atrativas, como o Brasil.

Na mínima, o dólar à vista recuou a R$ 3,1467 (-0,91%), menor valor intraday desde os R$ 3,1283 registrados durante a sessão do dia 27 de outubro de 2016. De acordo com dados registrados na clearing da BM&FBovespa, o volume de negócios somou US$ 1,558 bilhão.

O dólar futuro para fevereiro, por sua vez, encerrou aos R$ 3,1445, em queda de 1,18%, após recuar à mínima de R$ 3,1415 (-1,27%). O volume de negócios somou US$ 12,510 bilhões.

Domesticamente, a entrada de recursos no País tem sido determinante para queda do dólar frente ao real. Estão no radar possíveis lançamentos de captações externas da Braskem, Cemig, Vale e Gerdau, segundo fontes.

Ontem, depois da operação externa de US$ 750 milhões fechada por Embraer na quarta-feira, a Rumo Logística anunciou que pretende realizar uma captação em dólar, também de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. A companhia fará a partir da próxima segunda-feira, dia 30, apresentação aos investidores, mas a oferta da Rumo em si dependerá de condições de mercado.

Além disso, o Banco Central segue com seus leilões swap cambial tradicional. O Banco Central informou nesta sexta-feira, por meio de comunicado, que fará na segunda-feira (30) leilão de até 14.000 contratos (US$ 700 milhões). Com esta operação, o BC finaliza a rolagem do volume de 128.620 contratos (US$ 6,431 bilhões) de swap cambial tradicional que estão para vencer em 1º de fevereiro.

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