Benardo Lacerda e Thiago Nogueira – O Brasil vivenciou, neste sábado, o momento de maior luto na história do futebol tupiniquim. A despedida dos 51 campeões que morreram em acidente na madrugada de terça-feira. Em um clima de consternação, ampliado com a chuva que caiu ao longo de todo o dia em Chapecó, o adeus das arquibancadas na Arena Índio Condá se espalhou pelo mundo, com outras manifestações que demorarão a sair da cabeça dos brasileiros e que mostram que é possível o país voltar a se unir.
Quando jornalistas experientes não conseguem se sustentar no ar e vão às lágrimas, como aconteceu com o narrador Galvão Bueno e com o repórter Éric Faria, durante as muitas horas de transmissão, o recado está claro, a dor não é de uma torcida, ou de alguns familiares. A morte dos jogadores da Chapecoense e jornalistas, uniu o Brasil, como há tempos não se via.
Torcida grita por jogadores
O narrador da Rede Globo sofreu, Galvão Bueno ficou ao vivo no ar por mais de seis horas. Tentou se segurar, mas a comoção em Chapecó foi tão grande, que o principal comunicador do país narrou, com a voz embaralhada, o momento mais duro na história do futebol brasileiro. As redes sociais, que muitas vezes foram implacáveis com o jornalista, se comoveram com a força dele para manter o relato dos acontecimentos.
Ao mesmo tempo, a população de Chapecó passou o seu maior recado ao Brasil, superando qualquer 90 minutos de vibração em jogo, os torcedores mostraram que mesmo no momento de dor é possível ver a luz do futuro. O grito de “o campeão voltou”, “Vamos vamos Chape”, comprovou que os catarinenses não deixarão o pequeno clube morrer.
Torcedores manifestam apoio
A cerimônia, que começou com a união das torcidas dos clubes de futebol brasileiro, que compareceram ao estádio com suas bandeiras, em um clima de união, que a população tanto sonha em ver em dia de jogos, terminou com mensagens de apoio aos mortos e a Chapecoense, de diferentes atletas espalhados pelo mundo.
Estas mensagens se espalharam pelo resto do mundo. Os times de futebol, que jogaram neste sábado, se uniram por manifestações de apoio a Chapecoense. Até o maior clássico, Barcelona e Real Madrid quebrou qualquer protocolo, ao se juntarem para uma foto com os dizeres, “Fuerza Chapecoense”.
Em meio ao luto e a mais difícil semana de 2016, a dor fez jornalistas, torcedores, jogadores e familiares se juntarem na missão de confortar um ao outro. Quem deveria perguntar, chorou, quem deveria lamentar, apoiou e quem deveria torcer, deu o recado que a esperança é mesmo a última que morre.
Familiares dão volta olímpica
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