Em meio à acusação de petistas de que o governo peemedebista teria influência na operação deflagrada nesta quinta-feira (23) pela Polícia Federal, o presidente interino, Michel Temer, ressaltou que não há a “menor possibilidade” de interferência na Operação Lava Jato e que o Poder Executivo não irá invadir a competência do Poder Judiciário.

Na saída de cerimônia de entrega de cartas credenciais a representantes estrangeiros, realizada no Palácio do Planalto, o peemedebista afirmou que a gestão interina sempre dará apoio verbal às investigações e que, pelo princípio da separação das atividades governamentais, o Poder Executivo não deve se envolver no assunto.

“Não haverá a menor possibilidade de interferência na Operação Lava Jato. Ao contrário, o que deve haver sempre é o apoio, mas um apoio verbal, não de ação. Colocar o Poder executivo trabalhando nessa matéria estaria invadindo uma competência que é, na verdade, do Poder Judiciário”, disse.

Nesta quinta-feira (23), a Polícia Federal deflagrou operação que investiga um esquema de corrupção supostamente usado para abastecer o caixa do PT. Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva Lula e de Dilma Rousseff, foi preso preventivamente, suspeito de receber até R$ 7 milhões em propina.

Ele foi detido em Brasília, no apartamento funcional onde estava com a mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A casa dos dois em Curitiba também foi alvo de buscas. O petista foi levado à sede da Polícia Federal em São Paulo, que centraliza a investigação, um desdobramento da Operação Lava Jato.

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