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A Justiça de Minas concedeu a Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, o benefício de trabalhar na área de serviços gerais de uma igreja em Pará de Minas, na região Centro-Oeste do Estado. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na tarde desta quarta-feira (31).

Segundo o TJMG, o juiz Pedro Câmara Raposo Lopes, da Vara de Execuções Criminais de Pará de Minas, entendeu que o réu cumpre os requisitos necessários para esse benefício. De segunda a sexta-feira, Macarrão vai trabalhar das 7h às 17h. No sábado, o horário será das 7h às 12h.

O amigo do ex-goleiro Bruno Fernandes terá que se recolher ao cárcere após o horário de trabalho. Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão pelo sequestro, cárcere privado e homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio.

Em julho deste ano, a defesa já havia solicitado autorização para que Macarrão trabalhasse fora da unidade prisional, vendendo vassouras artesanais em um supermercado da cidade. No entanto, a Justiça autorizou apenas que Macarrão fizesse a manutenção externa do presídio.

Ele cuidava da horta e fazia capina, mas não se afastava da unidade, como passará a fazer a partir da nova decisão judicial. De acordo com um dos defensores de Macarrão, o advogado Wesley Vasconcelos, o fato de ele trabalhar em uma igreja não é motivo de preocupação.

“Acredito que ele vai ficar mais na área interna da igreja e não vai ter muito contato com as pessoas. Ninguém tem motivo para querer fazer nada contra ele, até porque ele não era o algoz no caso da Eliza, era apenas mais uma peça do jogo, e foi o primeiro a admitir que houve crime”, afirmou. Segundo ele, Macarrão nunca foi alvo de ameaças.

A cada três dias trabalhados, um dia de pena será reduzido – atualmente, Macarrão está no regime semiaberto. “Pelos nossos cálculos, em maio do ano que vem ele vai para o regime aberto, albergado na própria casa”. Ele começa a trabalhar nesta quinta-feira (01), com carteira assinada, e vai receber um salário mínimo.

Igreja que família frequenta

Macarrão vai começar a trabalhar na igreja que a mulher e os três filhos frequentam há mais de dois anos. A oportunidade de emprego foi dada pelo pastor do templo.

“Estava precisando de uma pessoa para cuidar da igreja. Ele estava procurando emprego e, com isso, ofereci a vaga. O advogado dele cuidou dos detalhes”, disse o pastor da Igreja Quadrangular, Luiz Paulo Marques.

Segundo ele, o réu não terá problemas com os outros membros da igreja. “Ele vai ser tratado como filho, assim como todos que frequentam o local. Macarrão está com uma nova oportunidade na vida. Se aproveitar, bem. Caso contrário, pelo menos fiz minha parte como pessoa”, finalizou. (Por Carolina Caetano)

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