O câncer de pulmão é a principal causa de morte entre homens e a segunda entre as mulheres no país, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Uma informação bastante alarmante, obviamente, mas que se torna ainda mais assustadora na presença de outro importante dado coletado: 76% das pessoas nunca falaram com seu médico sobre o câncer de pulmão.

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, realizado por meio de entrevistas individuais com 2.044 pessoas, em 130 municípios em março deste ano, as pessoas tem uma noção geral e básica sobre a doença, mas nada muito aprofundado.

O que é surpreendente, já que trata-se de um mal de grande amplitude e, infelizmente, fatal. Como em boa parte dos casos médicos, o diagnóstico precoce é um grande aliado no tratamento, tanto em conversas com o médico quanto na vigilância do comportamento pessoal.

Mas alguns dos dados coletados mostram o caminho oposto a isso: 6% nunca falaram com o médico sobre a doença e 17% não sabem o que fazer para reduzir o risco de ter câncer de pulmão; 39% não se preocupam com a doença, uma vez que não são fumantes; 25% consideram que câncer de pulmão atinge mais mulheres do que homens e 57% que o câncer de pulmão mata mais que câncer de mama, colorretal e próstata juntos.

Outra informação que, diante deste cenário, chama ainda mais a atenção é o fato de que aproximadamente três em cada dez brasileiros (27%) declaram conhecer alguém que tem ou teve câncer de pulmão e desta população 19% são representados por parentes.

Se, por um lado, algumas informações básicas sobre a doença parecem que estão disseminadas, por outro, os resultados também mostram que há necessidade de aprofundar o conhecimento e disponibilizar informações mais detalhadas sobre o câncer de pulmão, formas de prevenção e tratamento

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