Quem conversa reservadamente com Lula e Temer vê disposição nos dois políticos para que tenham um encontro, caso seja aprovado em definitivo o impeachment de Dilma, como é a tendência.

O ex-presidente Lula está cumprindo um papel político de defesa de Dilma, mas não acredita que a sucessora tenha chance real de evitar a perda do mandato.

Na visão de Lula, Dilma errou na política e na economia. Para o petista, o presidente interino, Michel Temer, está acertando no atacado nas duas áreas, porque colocou Henrique Meirelles na Fazenda, o que foi sugerido por Lula a Dilma inúmeras vezes, e porque fechou um acordo efetivo com a maioria do Congresso.

Já Temer tem esperança de que, aprovado o impeachment, Lula se concentre na preservação de seu cacife político e na luta para evitar uma condenação jurídica na Lava Jato. O presidente interino faria um gesto para sinalizar disposição de diálogo e amenizar o bombardeio do petista contra ele.

Portanto, há interesse e espaço da parte de Lula e Temer para, pelo menos, diminuírem a intensidade da guerra política. (Kennedy)

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