O governo Flávio Dino (PCdoB) já havia recebido, até o dia 12 deste mês, mais de R$ 1 bilhão em verbas federais para serem aplicados em ações de saúde pública. Apesar do montante expressivo em repasses da União, via Sistema Único de Saúde (SUS), o comunista não conseguiu conter a queda da qualidade do atendimento prestado por hospitais, postos, unidades de pronto atendimento (UPAs), Farmácia Estadual de Medicamentos Especiais (Feme), dentre outras unidades e serviços que integram a rede médico-hospitalar e farmacêutica mantida pelo Estado.

Para ser mais exato, o Maranhão foi contemplado, de 1º de janeiro até a última terça-feira, com R$ 1.061.588.250,30, conforme atesta planilha divulgada no portal Saúde com mais Transparência, do Ministério da Saúde. Caso seja mantida a média mensal de repasses financeiros até dezembro, o estado terá recebido, no fim do atual exercício, soma próxima ou mesmo superior a R$ 2 bilhões.

Somente para as ações de atenção básica, foram repassados nada menos do que R$ 395.852.657,99. Para procedimentos de alta e média complexidade, a verba destinada pelo SUS ao estado foi de R$ 596.796.459,34. O Governo Federal repassou, ainda, R$ 25.405.811,45 para assistência farmacêutica, R$ 100.000,00 para gestão do SUS, R$ 53.649.617,18 para vigilância em saúde e R$ 43.379.672,43 para investimentos.

De mal a pior

Mesmo com o cofre cheio, a saúde pública estadual segue de mal a pior. Não faltam exemplos para comprovar que o comunista faz uma gestão caótica no setor. Um dos mais emblemáticos é a situação das UPAs, outrora unidades que prestavam atendimento de excelência aos pacientes e que hoje deixam muito desejar no quesito assistência, com filas gigantescas, contingente reduzido de profissionais e até atrasos dos salários de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

A assistência farmacêutica também é precária. A oferta de remédios pela Feme é cada vez menor. Pessoas portadores de doenças graves vêm a público com frequência reclamar da ausência de medicamentos vitais.

Os investimentos em saúde são praticamente inexistentes no governo da mudança. O programa Saúde é Vida, iniciativa revolucionária, que ampliou e proporcionou mais qualidade ao atendimento, não teve continuidade e muitas das ações outrora executadas no setor foram extintas, deixando milhões de maranhenses desamparados.

Convênios

O Governo do Estado também recebeu mais de R$ 40 milhões por meio de convênios celebrados com a União. Do total empenhado, foram efetivamente pagos quase R$ 15 milhões, sem qualquer resultado prático, capaz de ser revertido em melhoria na assistência à população.

Seria oportuno a Flávio Dino, ao seu secretário de Saúde, advogado Carlos Lula, ou mesmo ao porta-voz e secretário de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, virem a público explicar por que o repasse de R$ 1 bilhão não foi suficiente para melhorar ou pelo menos manter a qualidade da assistência médico-hospitalar e farmacêutica prestada Estado.

Diante do clamor popular por um sistema de saúde pública que atenda a contento as necessidades dos maranhenses, silenciar é o mais desumano dos atos.

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