Depois de alguns altos e baixos na fase de classificação, que foi dividida em três etapas, a seleção brasileira feminina de vôlei parece chegar em boa forma técnica na semifinal do Grand Prix, competição que serve de preparação para a Olimpíada.
Na fase final, que tem seis times e acontece em Bangcoc, na Tailândia, o Brasil não tomou conhecimento das donas da casa e também da Rússia em duas vitórias por 3 a 0, na quarta e quinta-feira. Contra as grandes rivais europeias, o Brasil foi bem superior, chegando a fazer um 25 a 10 no segundo set, antes de confirmar o triunfo para ganhar uma folga na tabela na sexta-feira.
Neste sábado, às 5h, chega a hora das semifinais, contra a Holanda. O time europeu não era um forte candidato dentro da sua chave que contou com EUA e China. No entanto, a equipe aproveitou o fato das chinesas estarem com o time reserva para vencê-las em cinco sets e contar com vitória norte-americana sobre as asiáticas para garantir a classificação e um bom resultado dentro do torneio. A outra semifinal acontece entre EUA e Rússia, um dos grandes clássicos do vôlei mundial.
Se vencer, o time do técnico José Roberto Guimarães se garante na decisão. O título dará importante carga de confiança ao elenco, que passou por algumas turbulências na primeira fase, quando o passe foi bastante criticado após derrotas para Sérvia e China na segunda etapa. Passado o pior, o Brasil chega com tudo para brigar por vaga na final, tendo saldo de nove vitórias em 11 jogos disputados até aqui.
Para Guimarães, o saque tem mostrado evolução e poderá ser um dos diferenciais na busca por nova taça. “Nosso time não é alto e precisa de um bom saque. Isso pode nos ajudar na nossa trajetória. O que me deixou feliz contra a Rússia foi o nosso saque mais agressivo e o fato do passe estar mais estável. Quando o time fica consistente começa a ficar interessante, mas é daí para mais”, comenta.
O bom desempenho contra a Rússia, uma das referências no cenário mundial, enche o time de confiança para encarar qualquer adversário. “A equipe atuou bem taticamente. Nós fomos eficientes no saque o que facilitou o nosso desempenho. Sabemos que a Rússia não contou com a Kosheleva que é uma grande atacante, mas estamos de parabéns pela nossa postura e pela velocidade que imprimimos na partida. Vejo a nossa equipe numa crescente”, revela a oposta Sheilla.
O treinador brasileiro mantém uma base no time titular, mas bons desempenhos de jogadores que tem entrado, caso da líbero reserva Léia, parece colocar algumas dúvidas na cabeça do comandante para fechar o grupo olímpico. O Brasil vai em busca do 11º título do Grand Prix.