Filho é o principal suspeito do assassinato do ex-prefeito de Barra do Corda, ocorrido na quarta-feira (6).

Por Gustavo Arruda

Após decisão da Justiça, a polícia prendeu, na noite desta quinta-feira (7), dois suspeitos de participação no assassinato de Manoel Mariano de Souza, o Nenzim, ex-prefeito de Barra do Corda. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os presos são dois homens, identificados como Luzivan, vaqueiro da fazenda de Nenzim, e David, que teria limpado o veículo do ex-prefeito antes da realização da perícia. Principal suspeito do crime, o filho de Nenzim, Manoel Mariano Júnior, está sendo procurado pela polícia.

Três vezes prefeito de Barra do Corda, Nenzim foi assassinado na manhã de quarta-feira (6), quando estava dentro de um carro na zona rural do município, ao lado de Júnior do Nenzim. Na primeira versão do crime, descrita por Júnior, o ex-prefeito desceu do carro para urinar, quando teria sido abordado por dois homens, que estavam em uma motocicleta e efetuaram vários disparos. O secretário de Segurança, Jefferson Portela, revelou que Júnior do Nenzim não prestou socorro imediato ao pai depois do crime.

“Ao invés de seguir diretamente para um hospital, o carro circulou no interior de um condomínio, e depois foi para a casa de uma terceira pessoa. Só depois disso, foram para o hospital. Foram 38 minutos para chegar na unidade médica, sendo que a distância para o local do crime era de cinco minutos. Isso chama a atenção”, declarou o secretário.

Jefferson Portela informou ainda que a versão inicial foi descartada com os resultados da perícia, que constataram um disparo de arma de fogo muito perto da vítima. O depoimento de Júnior do Nenzim, com muitas contradições, também facilitou a elucidação do crime.

“Na primeira observação do delegado Renílton, foi constatado que o disparo de arma de fogo foi proferido junto ao corpo da vítima, então ninguém atirou de longe. Esse disparo foi feito de dentro do veículo, atingindo a nuca da vítima. Ele (Júnior) disse ao delegado que não percebeu nada, nenhuma aproximação. Além disso, o carro parou do lado contrário de quem estacionaria para urinar, e ninguém desceu do veículo”, afirmou Portela.

A motivação para o assassinato de Nenzim seria a questão da venda de gado da fazenda da família, que era administrada por Júnior. O ex-prefeito de Barra do Corda teria notado uma irregularidade, e queria esclarecer isso com o filho, segundo as investigações da SSP.

“Algumas pessoas afirmaram, em depoimento registrado na delegacia de Barra do Corda, que o pai (Nenzim) fez uma conferência na fazenda. Eram 635 cabeças de gado, e agora só tinham 81. Os dois, Junior e Nenzim, iriam fazer a conferência”, explicou o secretário de Segurança.

Diante desse cenário, informou Jefferson Portela, foi solicitado o mandado de busca e apreensão na residência de Júnior do Nenzim, além do mandado de prisão, que serão cumpridos a partir das 6h desta sexta-feira (8), como manda a lei. Depois desse horário, as polícias Civil e Militar entrarão no local.

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