Por Marcelo Laguna

O COB (Comitê Olímpico do Brasil) segue disposto a mostrar que vive novos tempos após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman. Nesta segunda-feira, a entidade demitiu Bernard Rajzman, ex-integrante da seleção brasileira masculina de vôlei, que foi medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles-1984, e que ocupava o cargo de diretor de relações institucionais. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do COB, em contato com a reportagem de VEJA.

A saída de Bernard representa mais uma sinalização de que o COB, agora sob o comando de Paulo Wanderley, quer mudar radicalmente a estrutura da entidade. Bernard Rajzman era um dos homens de confiança de Nuzman, tendo ocupado o posto de Chefe de Missão da delegação do Brasil nas duas últimas Olimpíadas (Londres-2012 e Rio-2016).

Foi por influência do antigo presidente do COB que o agora ex-diretor foi escolhido, em 2013, membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) no Brasil. Com isso, ele representa o Brasil em importantes votações relacionadas ao movimento olímpico, como a recente escolha de Paris e Los Angeles como sedes dos Jogos de 2024 e 2028, respectivamente.

Ao demitir Bernard, o COB também conseguirá uma bela economia em suas contas: o ex-diretor de relações institucionais recebia mensalmente cerca de R$ 45 mil.

Paulo Wanderley, em recente audiência pública na Câmara Federal, disse que pretende cortar até 25% dos cerca de 200 funcionários do COB, além de já ter anunciado que irá transferir a sede da entidade para as instalações do Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, dentro do Parque Olímpico.

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