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Detentos do maior presídio do Rio Grande do Norte, a Penitenciária de Alcaçuz, iniciaram uma rebelião no final da tarde deste sábado (14). Pelo menos 10 presos foram mortos, informou o governo estadual.

A rebelião foi motivada por uma briga de facções: segundo o governo, entre membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do Sindicato do Crime. Houve uma invasão de um pavilhão por presos inimigos, o que deu início ao motim.

O conflito começou por volta das 17h, no horário local (18h em Brasília). Às 20h30 deste sábado, o motim continuava em andamento. A Polícia Militar informou que enviou um “grande efetivo” ao local, inclusive com tropas do choque e do Bope, mas que ainda não conseguiu entrar no presídio para controlar a situação.

A Penitenciária de Alcaçuz abriga atualmente 1.083 presos, mas tem capacidade para apenas 620, segundo dados da Secretaria de Justiça. O presídio fica no município de Nísia Floresta, a 25 km de Natal.

Construído sobre dunas, o local registra fugas frequentes de presos: basta cavar um túnel na areia para sair. Além disso, como as dunas se movem com o vento, o acesso ao presídio também fica facilitado. Algumas vezes, há dunas tão altas que permitem a visão de dentro do pátio.

“Se um garoto pegar um estilingue e colocar um celular ou drogas, lança para dentro do presídio”, diz Ivenio Hermes, pesquisador do Observatório da Violência do Rio Grande do Norte.

O Rio Grande do Norte viveu uma crise de segurança pública no ano passado, com ataques a ônibus. A Força Nacional chegou a ser enviada para o Estado. O governo, na época, atribuía os ataques a uma reação à instalação de bloqueadores de celulares nos presídios estaduais, e informou que as ordens partiam de dentro das penitenciárias. (Folha de S. Paulo)

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