O secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio (PMDB-MG), criticou a repercussão do massacre nos presídios de Manaus em que 60 pessoas morreram.
Segundo ele, é um “acerto de contas de bandidos”. “Eu fico triste porque não estão dando tanta importância para as pessoas de bem que morrem todo dia”, afirmou à Folha nesta sexta. A Secretaria de Juventude é vinculada à Secretaria de Governo, da Presidência da República.
De acordo com “O Globo”, o secretário declarou ao site do jornal, ao comentar a morte dos presos, que “tinha que matar mais”. “Tinha que fazer uma chacina por semana”, afirmou, segundo o jornal.
À Folha, ele declarou que sua opinião foi “deturpada”. “Eu não disse a questão da chacina, óbvio que não disse”, afirmou. Bruno Júlio é filho do deputado federal Cabo Júlio (PMDB-MG). Foi nomeado pelo presidente Michel Temer ao cargo no Planalto por meio de indicação da bancada mineira do PMDB.
MASSACRES – Quatro dias após a morte de 60 detentos em duas penitenciárias de Manaus, outros 31 presos foram assassinados na madrugada desta sexta (6), desta vez na maior penitenciária de Roraima.
São as maiores chacinas em presídios desde o massacre do Carandiru, em 1992, quando uma ação policial deixou 111 presos mortos na casa de detenção, em São Paulo –confira as maiores matanças em presídios.
Nesses seis primeiros dias de janeiro foram registradas 93 mortes em presídios no Brasil. Esse número representa cerca de 25% do total de mortes registradas em todo o ano passado (372).