Chegou a Imperatriz, na tarde desta terça-feira (1º), o jogador maranhense Wanderson Melo, de 27 anos, que fugiu da Ucrânia em meio a guerra que o país vive. O atleta, que joga no clube ucraniano Chornomorets Odesa, desembarcou por volta das 16h30 no aeroporto Prefeito Renato Moreira e foi recebido pelos pais, esposa e filhas.
Após desembarcar em Imperatriz, o maranhense relatou como conseguiu deixar o país em guerra e ainda ajudar outras pessoas que estavam na mesma situação que ele.
“Foram quatro dias de viagens até chegar. E, graças a Deus, tive uma fuga bem planejada, teve amigo meu que me ajudou na Maldávia, o Frednelson. Lá, até pra ‘mim’ sair eu perguntei pra ele o que tinha que fazer, e ele me disse como sair da cidade e consegui ajudar duas pessoas que não sabiam o que fazer no momento”, contou Wanderson.
Durante coletiva de imprensa realizada após o desembarque de Wanderson Melo em Imperatriz, o jogador contou que teve medo na Ucrânia, após presenciar um ataque.
“Na madrugada teve um ataque, eu pude ver o ataque. Teve dois aviões trocando tiros, todas as pessoas da minha equipe estavam dormindo. Tinham 14 pessoas dormindo e eu saí acordando todo mundo. O ataque foi perto do nosso centro de treinamento. Um dia antes faltou energia no centro de treinamento e todo mundo já achou estranho, aí todo mundo para um hotel no Centro da cidade”, relatou o maranhense.
Wanderson Maranhão também disse que, depois de se instalar no hotel, outros ataques vieram e causaram medo, mas ele acreditava que ia sobreviver,
“Quando tinha ataque, já tinha que todo mundo ir pro túnel do hotel. E ali até os jogadores já estavam acreditando que iam morrer. Mas eu estava confiante que ia sair. Só Deus mesmo, só tenho a agradecer a Deus e as pessoas que conseguiram me tirar de lá, que fizeram tudo por mim e pelos outros brasileiros. É só o alívio agora, agora é só descansar”, relembrou.
Sobre a fuga, Wanderson Melo contou que quase não conseguia fugir do país, isso porque os taxistas estavam com medo de levar as pessoas até a fronteira, pois poderia acontecer algum problema com eles, já que os carros não estavam circulando na cidade.
“Também o medo dos taxistas, porque eles não queriam fazer a viagem para levar a gente até a fronteira. Agora estou muito feliz, não vejo a hora de chegar em casa, abraçar minhas filhas, minha esposa, meus pais e deixar eles bem felizes também”, destacou. (Fonte: Imirante)