M’Baye Niang comemora o segundo gol de Senegal diante da Polônia Foto: Francisco /AFP / Josias Pereira | Enviado Especial
Na primeira Copa que participou em sua história, a de 2002, a seleção do Senegal chegou às quartas de final. Demorou 16 anos para que os africanos retornassem ao torneio. Mas a famosa marca de bater europeus se mantém inalterada. Nesta terça-feira, no estádio do Spartak, Senegal venceu a Polônia por 2 a 1, fazendo lembrar até aquele Mundial da Coreia do Sul e Japão, quando os africanos bateram a França, atual campeã mundial, por 1 a 0.
Mais do que isso, Senegal tornou-se a primeira seleção africana a vencer na atual edição do Mundial. Um orgulho para o continente, que com egípcios, tunisianos, nigerianos e marroquinos ainda não havia chegado aos três pontos.
Aliou Cissé, hoje técnico do Senegal, estava naquele histórico Mundial em solo asiático. O único treinador negro da Copa do Mundo da Rússia e também o mais jovem comandante do torneio, com 42 anos, pode acrescentar ao currículo mais um grande feito.
Um time bastante sólido e que praticamente limitou as ações dos poloneses, que liderados por um Lewandowski muito apagado pouco fizeram. Os erros de passe foram uma constante na seleção europeia, que passou a intensificar os ataques na segunda etapa, quando já perdiam por 2 a 0.
Niang é Niang, e Mané e Mané
A apropriação da música faz jus ao jogo. A construção da vitória africana teve pilares muito sólidos no ataque. A velocidade de Mané é um ponto à parte. Mas quem se destacou nesta terça-feira foi Niang.
Na jogada do primeiro gol, ele conseguiu ganhar Piszczek na lateral, e com muito vigor físico conseguiu ligar Mané, que rolou para Gueye chutar e contar com a ajuda de Cionek, zagueiro brasileiro naturalizado polonês, desviar para o fundo das redes de Szczesny. Gol contra assinalado pelo árbitro, Niang, por todo o esforço, estava merecendo também deixar o seu gol.
O veloz atacante senegalês tentou de várias maneiras, até que na segunda etapa, em uma bobeada completa da defesa polonesa, o camisa 19 aproveitou a saída atrapalhada de Szczesny para marcar.
A Polônia, precisando do resultado, passou a agredir o time do Senegal. E contou com uma desatenção da defesa africana para dar vida ao jogo na cabeçada de Krychowiak. Mas era dia da África na Rússia. O Senegal não se cansa de escrever grandes histórias em Copas.

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